Terças de Leituras: filosofia e obras baseadas em vivências reais são os destaques da semana

Nesta semana, o Terça de Leituras indica cinco obras que vão além dos romances costumeiros. Hoje, a Comissão de Mulheres traz livros de filosofia, auto ajuda e autoconhecimento, histórias baseadas em trabalhos importantes como da médica paliativa, Ana Claudia Quintana Arantes, que relata o dia a dia de pacientes terminais e da advogada da Vara de Família, Andréa Pachá, que descreve realidades de conflitos dos tribunais em que atuou. Confira a lista:

  1. Pergunte a Platão – Lou Marinoff

Você anda preocupado com dinheiro, amor ou dívidas? O que você precisa é de uma boa dose de filosofia. Vários terapeutas têm deixado Jung e Freud um pouco de lado, em nome da sabedoria de Sócrates, Sartre e outros. Do mesmo autor do sucesso Mais Platão, menos Prozac, Pergunte a Platão, de Lou Marinoff, mostra como a filosofia pode mudar sua vida, conquistando definitivamente um novo lugar no mundo da terapia moderna.

  1. As cinco linguagens do amor: Como expressar um compromisso de amor a seu cônjuge – Gary Chapman

As diferenças gritantes no jeito de ser e de agir de homens e mulheres já não são novidade há tempos. O que continua sendo um dilema é como fazer dar certo uma relação entre duas pessoas que às vezes parecem ter vindo de planetas distintos. Quando o casal não entende corretamente a linguagem predominante de cada um, a comunicação é afetada, impedindo que se sintam amados, aceitos e valorizados. Nesta terceira edição de sua clássica obra sobre relacionamentos, Gary Chapman não só explica as cinco linguagens como apresenta um questionário para os maridos e outro para as esposas descobrirem a sua linguagem de amor. Gary Chapman identificou cinco formas através das quais as pessoas expressam e recebem as manifestações de amor: palavras de afirmação; tempo de qualidade; presentes; atos de serviço; toque físico.

  1. Teto para dois – Beth O’leary

Três meses após o término do seu relacionamento, Tiffy finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando os amigos, ela topa um acordo bastante inusitado. Leon está enrolado com questões financeiras e tem uma ideia pouco convencional para arranjar dinheiro rápido: sublocar seu apartamento, onde fica apenas no período da manhã e da tarde nos dias úteis, já que passa os finais de semana com a namorada e trabalha como enfermeiro no turno da noite. Só que tem um detalhe importante: o lugar tem apenas uma cama. Sem nunca terem se encontrado pessoalmente, Leon e Tiffy fecham um contrato de seis meses e passam a resolver as trivialidades do dia a dia por Post-its espalhados pela casa.

  1. Histórias lindas de morrer – Ana Claudia Quintana Arantes

Como médica paliativa, Ana Claudia Quintana Arantes cuida de pacientes terminais há mais de vinte anos, em contato íntimo com os momentos de maior vulnerabilidade do ser humano. Uma das principais vozes na tentativa de quebrar o tabu sobre a morte no Brasil, ela nos traz uma coleção de emocionantes histórias reais colhidas em sua prática diária, em que a proximidade do fim nos revela em toda a nossa profundidade. São pessoas de variadas idades, crenças e origens, que nos deixam de herança lições de vida. Com momentos tocantes, tensos e também divertidos, estas histórias nos relembram a importância das relações humanas e do respeito ao outro. O medo da morte é o medo do não vivido, mas nunca é tarde para se envolver com a própria história.

  1. A vida não é justa – Andrea Pachá

Nos quase vinte anos à frente de uma Vara de Família, Andréa Pachá — a partir da observação dos conflitos dos tribunais e da necessidade de compreender o fenômeno que levava os casais, muitas vezes, ao limite do ódio e da intolerância — resolveu contar histórias capazes de traduzir nossa dificuldade para lidar com o desamparo e com as frustrações. O resultado foi A vida não é justa, originalmente publicado em 2012, que, relançado agora pela Intrínseca, conta com nova capa e novo projeto gráfico, além de apresentação da autora contextualizando a obra. Ao narrar casos de separações, guarda dos filhos, partilhas de bens, paternidade, histórias de amor, reencontros e desencontros, a obra explora situações em que é difícil definir o responsável: o que sentem os casais que testemunham, impotentes, o fim da própria relação; como partilhar os bens quando não há mais amor para ser dividido; é possível tentar mais uma vez depois que a confiança, antes tão firme, parece escorrer por entre os dedos?

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