CONAMP emite nota pública sobre a condução das investigações relativas ao assassinato do promotor de Justiça de Itaíba
A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), por seu presidente César Mattar Jr., emitiu nota pública de indignação quanto à morosidade do aparato de segurança pública local, na condução das investigações relativas ao assassinato do Promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Faria Soares, ocorrido no dia 14 de outubro de 2013.
Na nota, o presidente explica que depois do episódio, César e a 1ordf; vice-presidente da entidade, Norma Cavalcanti, deslocaram-se a Pernambuco e, com a Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE), testemunharam a consternação decorrente do vil ato, como a mobilização dos agentes de segurança e do governo do Estado nos esforços iniciais para a elucidação do crime. Porém, o documento afirma que “hoje, decorridos quatro meses, não vislumbram-se avanços, em franco prestígio ao homicídio e ao responsável ou aos responsáveis pelo crime, sendo certo que o principal suspeito permanece foragido, mesmo com o alarde inicial, e falso, de que o delito fora desvendado.”
Confira a nota na íntegra:
NOTA PUacute;BLICA
A CONAMP – Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, entidade que congrega, através das congêneres estaduais, do Distrito Federal e Territórios, e do ramo Militar; mais de quinze mil promotores e procuradores de justiça, alia-se à indignação da Associação do Ministério Público de Pernambuco – AMPPE, e da classe no Estado, com a extrema morosidade do aparato de segurança pública local, na condução das investigações relativas ao assassinato do Promotor de Justiça de Itaíba, Thiago Faria Soares, ocorrido a 14.10.2013.
Após o fatídico episódio, a CONAMP, através de sua Presidência e Vice-presidência, deslocou-se a Pernambuco e, com a AMPPE, testemunhou a consternação decorrente do vil ato, como a mobilização dos agentes de segurança e do governo do Estado nos esforços iniciais para a elucidação do crime. Hoje, decorridos quatro meses, não vislumbram-se avanços, em franco prestígio ao homicídio e ao responsável ou aos responsáveis pelo crime, sendo certo que o principal suspeito permanece foragido, mesmo com o alarde inicial, e falso, de que o delito fora desvendado.
Infirme-se que, ao novamente vitimar um membro do Ministério Público, o crime organizado atingiu um ser humano, sua família, o próprio Ministério Público, mas, sobremaneira, o Estado e a Sociedade, pernambucanos e brasileiros, manifestamente reféns da violência, que se alastra, sem controle e sem reação à altura pelo aparato estatal.
Registre-se, posto oportuno, que o covarde assassinato de mais um membro do Ministério Público impulsiona ainda mais a classe e a instituição a agir contra o crime organizado, pelo que a CONAMP louva os esforços da AMPPE e do grupo de valorosos promotores de justiça destacados para acompanhar o caso. A CONAMP e a AMPPE não descansarão enquanto os criminosos não forem presos, julgados e condenados, tudo em tutela das garantias constitucionais que a sociedade brasileira emprestou à instituição do Ministério Público para bem defendê-la e ao regime democrático de direito.
Brasília, 13 fevereiro de 2014.
CEacute;SAR BECHARA NADER MATTAR JUacute;NIOR
Presidente da CONAMP
Fonte: CONAMP