Nova diretoria da APMP toma posse, reafirma compromissos e garante luta pela instituição

Uma grande missão. Foi assim que o novo presidente da Associação Paraibana do Ministério Público (APMP), Francisco Bergson Gomes Formiga Barros, definiu como vai ser sua gestão à frente da entidade. Ao lado da nova diretoria, Bergson tomou posse do cargo na noite desta quarta-feira (14), em uma solenidade que aconteceu na Sede Campestre da APMP.

“Assumir a APMP é uma grande missão. Mas chego neste momento com muito entusiasmo. Sabendo que sou capaz, ao lado dessa diretoria, de vencer esse desafio, de construir uma APMP ainda melhor. Ainda mais forte. Ainda mais respeitada”, disse.

Em seu discurso, o presidente reafirmou seus compromissos assumidos durante a campanha, especialmente de diálogo permanente com a classe. Além disso, Bergson falou dos desafios que vai enfrentar nos próximos dois anos e pediu ao procurador-geral de Justiça, Bertrand de Araújo Asfora, que priorize a estruturação das promotorias do interior.

“Dentre outras reivindicações da classe, em nome da APMP, pedimos à Administração Superior que priorize a estrutura física e de pessoal das Promotorias do interior, sob o risco de penalizarmos ainda mais a sociedade e o membro da nossa classe. Eacute; urgente a realização de concurso público para o ingresso na carreira ministerial”, salientou Bergson.

Para o presidente, além da luta pela valorização da carreira, deve-se discutir a atual estrutura do Ministério Público Estadual de uma forma “mais profunda e desapaixonada”. Ele salientou que o seu programa de gestão visa fortalecer as prerrogativas dos associados, garantindo-lhes uma melhor estrutura de trabalho.

Bergson ainda destacou a diretoria anterior e a chamou de brilhante: “Parabéns pela brilhante gestão que hoje se encerra, mas que ficará, certamente, marcada na história da nossa associação”.

Unidade e continuidade

O procurador-geral de Justiça, Bertrand Asfora, que também participou da solenidade de posse, afirmou que é preciso manter a unidade de pensamento no Ministério Público. “Há divergências, isto é obvio, mas ainda assim conseguimos realizar ações em favor da nossa instituição, viabilizando decisões em prol dela e seguindo um só caminho: da democratização, da modernização e do desenvolvimento” – assegurou. Ele também afirmou que é preciso de uma estruturação para responder aos anseios da coletividade.

Bertrand garantiu que vai continuar lutando ao lado da APMP para garantir os direitos da classe e que quer ver a instituição chegar a patamares maiores como a sociedade espera. “Meu caro Bergson, conte comigo. Estaremos lutando lado a lado. Quanto a Seráphico, foi uma honra exercer o meu mandato enquanto você era presidente. Você me ensinou muito e posso dizer que é um incansável defensor dos direitos de classe”, concluiu.

A luta continua

Seráphico se despediu do cargo e se disse satisfeito por ter sido um “intransigente defensor do Ministério Público e de todos os seus membros, respeitando as conquistas recebidas e construídas em gerações anteriores”.

Ele agradeceu a todos os membros que fizeram parte da diretoria que o acompanhou nos últimos dois anos e relembrou esta trajetória com suas realizações, desafios e conquistas. “As bases principais de nossa administração foram calcadas em algumas pilastras fundamentais: democracia e transparência de gestão, equilíbrio financeiro, defesa dos direitos e prerrogativas dos membros do MP, melhoria da qualidade do espaço físico das sedes, além da luta permanente pelo fortalecimento da instituição”, disse.

Seraphico encerrou seu discurso desejando sorte para a nova diretoria e lembrando que a “luta continua”.

Fortalecimento do MP

Os constantes ataques sofridos pelo Ministério Público também foram mencionados pelo novo presidente, que lembrou da existência de pessoas que insistem em tentar tirar as prerrogativas e garantias da instituição: “Atualmente, o Ministério Público paga um preço muito mais alto pelos seus acertos do que pelos seus erros. Fez muitos inimigos”.

Os ataques também foram lembrados pela presidente da Associação Nacional do Ministério Público (Conamp), Norma Angélica Cavalcanti. A representante da entidade nacional relembrou as lutas contra as PECs 37, 75, entre outras propostas, que dizem respeito às prerrogativas do Ministério Público. “Não é nada fácil. O trabalho é árduo, por isso temos que fortalecer às nossas associações. Eacute; preciso a união da classe. Nosso compromisso é com um MP altivo e independente”, declarou.

Norma enalteceu ainda o trabalho do ex-presidente Francisco Seráphico à frente da entidade paraibana, destacando a consolidação da defesa dos direitos classistas no Estado, além disso, desejou uma gestão repleta de equilíbrio, honradez e coragem para a nova diretoria.

“O brilho e a liderança de Seráphico ajudaram no aperfeiçoamento do Ministério Público brasileiro. Agora, nesta nova gestão, os membros esperam encontrar em vossa excelência, Berson, um líder que os leve para uma gestão de prosperidades, com expectativas renovadas”, afirmou a presidente da Conamp.

Durante a solenidade, uma moção de reconhecimento foi entregue ao ex-presidente Francisco Seráphico como reconhecimento pela sua gestão à frente da APMP.